Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes. (Jeremias 33:03)

sábado, 3 de novembro de 2012

Que tal uma segunda chance?

Um índio subia a montanha quando ouviu uma voz.
- Leve-me com você – ela pediu.
O índio virou-se e viu uma cobra. Ele se recusou. – Se subir a montanha com você, me morderá.
- Nunca faria isso – garantiu a cobra. – Só preciso de um pouco de ajuda. Ando devagar e você é rápido. Por favor, seja bondoso e leve-me ao topo da montanha.
Isto ia de encontro ao seu melhor juízo, porém o índio concordou. Apanhou a cobra, colocou-a em sua camiseta e continuou a jornada. Quando alcançaram o topo da montanha, o índio colocou a mão no peito e a cobra lhe deu uma mordida.
Ele caiu no chão e a cobra, deslizando, foi embora.
- Você mentiu – exclamou o índio. – Disse que não me morderia.
A cobra parou e olhou para trás. – Não menti. Você sabia quem eu era quando me apanhou no chão.
Ouvimos esta fábula e balançamos a cabeça. “Ele deveria ter tomado cuidado”, lamentamos. E estamos certos. Deveria mesmo, assim como nós.
Mas, será que não fazemos como aquele índio? Não estamos acreditando nas mentiras da cobra? Não apanhamos o que deveria ser ignorado?
Os cristãos de Corinto agiram assim. Uma cobra após outra havia sibilado mentiras em seus ouvidos e eles acreditaram. Em quantas mentiras eles acreditaram? Você tem tempo:
A lista é comprida e feia: sectarismo, desunião, imoralidade sexual. Estes formam apenas os primeiros seis capítulos.
Mas 1 Coríntios é mais do que uma relação de pecados; é uma epístola de paciência. Paulo começa sua carta chamando esses cristãos de “irmãos e irmãs”. Ele poderia tê-los chamado de hereges ou hipócritas, e em muitas palavras ele o faz, mas não antes de chamá-los de irmãos e irmãs.
Pacientemente, o apóstolo ensina-os sobre a adoração a Deus, a unidade, o papel das mulheres e a Ceia do Senhor. Ele escreve como se estivesse olhando as pessoas face a face. Está perturbado, mas não desanimado. Zangado, mas não desesperado. A paixão que o motiva é o amor. E seu tratado sobre o amor encontrado no capítulo 13 permanece sendo o maior ensaio jamais escrito sobre o tema.
Esta carta, entretanto, não é dirigida apenas a Corinto. Nós, como os coríntios, devemos nos precaver. Como eles, às vezes, precisamos de uma segunda chance.
(Max Lucado)