Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes. (Jeremias 33:03)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Bordando suas histórias para curar seus corações...

 Através de um projeto da Portas Abertas, viúvas colombianas são encorajadas a enfrentar seus momentos de dor e perdoar seus opressores

15 viúvas cristãs, mães de filhos assassinados ou desaparecidos, encontraram um espaço seguro para compartilhar suas histórias e experimentar a cura interior que fortaleceu seus espíritos e as ajudou a avançar. Esse momento foi proporcionado durante um treinamento especial, fornecido pela Portas Abertas, na Colômbia.
Tal seminário aconteceu em outubro de 2012, no Estado de Arauca, ao leste da Colômbia, uma região onde a Igreja sofre sérias perseguições de grupos armados ilegais, incluindo as mulheres, que são vítimas de violência extrema no conflito armado que aflige o país por meio século.
Por três dias, enquanto bordavam tecidos, as mulheres compartilhavam seus testemunhos. Elas usavam os diferentes pontos de costura para expressar, através da arte, a crueldade a qual foram submetidas quando seus entes queridos lhes foram arrancados do convívio familiar. Os produtos finais eram tapeçarias que retratavam os momentos em que seus familiares morreram ou desapareceram. As mulheres usavam agulhas simples e linhas coloridas para bordar suas histórias e fortalecer as novatas, que chegavam com os mesmos sentimentos de timidez, dor, ressentimento e raiva.
Algumas dessas mulheres participaram juntas de outros treinamentos, formando laços de comunhão e irmandade. Em meio à dor e a tristeza de suas perdas, estas novas relações as têm ajudado a suportar suas dores, a encorajar uma a outra, e experimentar a comunhão entre irmãs, como está descrito nas Escrituras: "E, se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele..." (cf. 1 Coríntios 12.12).
O sofrimento não tem distinções. Nem as diferenças de idade, nem as circunstâncias do assassinato de seus entes queridos importavam. Com lágrimas e vozes quebrantadas, elas reviveram o momento em que a violência roubou seus familiares e amigos. Unidas em um único propósito, enquanto elas compartilhavam suas vivências, as mulheres experimentavam o perdão, a cura e a libertação.