Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes. (Jeremias 33:03)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pavio curto


                         Janice Williams, pesquisadora da Universidade da Carolina do Norte, EUA,  acompanhou por seis anos 13.000 homens e mulheres com idade entre 45 e 64 anos e, tomando o comportamento como base, descobriu que as pessoas que se irritam intensamente, e com freqüência, têm três vezes mais chances de sofrer um infarto do que aquelas que encaram as adversidades com mais serenidade.Isso ocorre porque, a cada episódio de raiva, o organismo libera uma carga extra de adrenalina no sangue . O aumento da concentração de adrenalina aumenta o número de batimentos cardíacos e, simultaneamente, torna mais estreitos os vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial. 
                Adiar a resolução de um conflito pode não apenas nos deixar de mau humor, como também afetará diretamente a saúde do nosso coração. È necessário seguir a recomendação de Paulo em Efesios 4.26-27 que nos orienta a não permitirmos que o sol se ponha sobre a nossa ira. Porque a ira modifica a pessoa que a alimenta, não a pessoa a quem é dirigida. Se você chutar um muro é você quem se machuca, não o muro.
               Jesus diz no seu famoso Sermão da Montanha que, em caso de ira, devemos fazer um esforço para procurar a pessoa envolvida e tentar um acordo com ela. Para que a ira não nos consuma; para que a amargura não mate nossa oração; para que o corpo não cobre a conta no final.
                  Segundo a linha de raciocínio de Jesus esperar que a outra parte nos procure para resolver a demanda pode demorar muito e enquanto isso nós nos prejudicamos na medida em que vamos acumulando o ressentimento no corpo e na alma. Tanto para ter paz de espirito como para evitar que as enfermidades nos acometam, a melhor medida é tentar um acordo, por minimo que seja. È melhor um mau acordo do que uma boa demanda. Porque o acordo, ainda que não satisfaça no momento, vai abrir caminho para novas conversas e novas possibilidades.
                     Mas uma demanda que se arrasta pode levar anos sem solução. A tendência em geral é de ficarmos esperando que aquele que nos prejudicou se arrependa, se humilhe, peça perdão. Mas como não temos a capacidade de controlar a decisão de ninguém, nem força-lo a fazer o que achamos que deve, o melhor é não protelar a questão e tentar resolve-la. Isso é inclusive sinal de maturidade, a capacidade de não deixarmos que as nossas emoções nos dominem e escravizem. Porque a ira é o principal problema instalado em nós depois de um tempo em que a situação ocorreu.
                Pode ser que a outra pessoa esteja até conseguindo superar e retomar a vida, o que vai irritar você ainda mais. Porque a ira não foi tratada nem combatida em seu coração ela só  vai aumentar. Para o seu próprio beneficio procure solucionar o que o entristece para ficar livre da opressão e do poder da ira. Não podemos saber como as pessoas vão nos tratar mas podemos escolher como vamos reagir a elas. O rei Herodes Agripa mandou matar Tiago, discípulo de Jesus, com ódio dos cristãos para conseguir mais popularidade entre os judeus. José perdoou seus irmãos que queriam mata-lo, e os sustentou no Egito nos anos de fome. 
                 Herodes morreu em um discurso publico todo comido por vermes. 
                 José se tornou governador do Egito.
                 Vamos querer o fim de José ou o de Herodes?
(Caleb Mattos)